terça-feira, 31 de julho de 2012

Sparks Fly– Pequena

                     

Entrei na escola e no mesmo momento o sinal tocou fazendo com que todos os alunos começassem a correr desesperadamente para irem até suas aulas e o mais incrível era que sempre tinha um idiota que cai no chão no meio desse empurra-empurra todo.
– Cuidado! – Escutei alguém gritando atrás de mim e na mesma hora me virei assustada. Dei de cara com o peitoral de algum garoto e cai com tudo no chão.
Não, eu estava errada, meu dia podia ficar muito pior ainda.

Sparks Fly– Pequena.

“She is everywhere I go, everyone I see. Winter's gone and I still can't sleep, summer's on the way at least that's what they say, but these clouds won't leave. Walk away barely breathing, as I'm lying on the floor, take my heart as you're leaving. I don't need it anymore. This is the memory. This is the curse of having too much time to think about it. It's killing me, this is the last time, this is my forgiveness and this is endless.”

– Me desculpe. – O garoto disse envergonhado enquanto pegava seus livros que tinham caído no chão e saiu correndo pelo corredor.
“As pessoas desse colégio são totalmente normais.” Pensei enquanto revirava os olhos e pegava minha bolsa que estava jogada no chão.
A essa altura todos os alunos já estavam nas suas salas então andei calmamente até o meu armário para conferir o horário das aulas, já estava atrasada mesmo então não adiantava mais ficar desesperada. “Sociologia, ótimo.” Pensei desanimada assim que olhei a primeira aula que teria. Pelo menos a professora não era tão ruim assim e me deixaria entrar na aula. Peguei o livro que estava no fundo do armário e bati a porta do mesmo com força.
“Pronto, que meu castigo comesse.”
[...]
Bem, nem tudo ocorreu como havia planejado; consegui entrar na aula de Sociologia, mas teria que ficar na biblioteca depois da aula lendo os livros obrigatórios daquela matéria para compensar o meu atraso, não que eu não gostasse de ler – eu amava na verdade –, mas Sociologia era a matéria mais sem graça que existia e não estava nem um pouco conformada em ter que passar uma hora dentro de uma sala lendo as ideias absurdas que aqueles Sociólogos tentavam colocar na minha cabeça.
– Qual a sua opinião Melanie? – Senhor Brown – meu professor de Literatura – perguntou e desviei minha atenção que antes estava em um dos meus desenhos que sempre fazia nas últimas folhas do meu caderno para ele.
– Minha opinião sobre o que? – Perguntei envergonhada e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, Literatura foi sempre uma das únicas matérias que conseguiam prender totalmente minha atenção, mas ultimamente até nela eu me desligava.
– Sobre o livro. – Disse apontando para o livro que estava na sua mão e suspirei. Hamlet, eu odiava aquele livro. Shakespeare pode ter escrito peças incríveis como; A Tempestade, Sonho de uma Noite de Verão, Noite de Reis e até mesmo Romeu e Julieta, mas Hamlet por mais que seja outra peça famosa não me agradou.
– Bem, eu não tenho uma opinião, Hamlet não é um livro que eu leria por livre e espontânea vontade. Corrupção, incesto e traição não é uma coisa me agrada para leitura, mas quem sabe no próximo livro eu possa dizer alguma coisa. – Falei envergonhada e ele concordou. A verdade é que eu sou uma nerd reprimida, minha avó antes de morrer a dois anos atrás me deixou todos os livros que ela tinha e toda noite eu me deliciava lendo cada um deles e podia apostar que somente eu e no máximo mais cinco pessoas daquela sala tinham realmente lido Hamlet.
Voltei minha atenção para o desenho que estava fazendo e assim fiquei até bater o sinal da última aula.
Uma semana depois.
Uma semana já havia se passado, a chegada de Justin estava mais próxima do que nunca e a cada dia mais paranóica e angustiada eu ficava. E se ele tivesse mudado tanto como Caitlin havia me falado? E se ele tivesse virado um daqueles marginais viciados que nós sempre víamos nos filmes? E se ele... E se ele não fosse mais o meu Justin?
– Agora nós vamos conversar. Você fugiu de mim a semana inteira. – Minha mãe disse irritada e sentou-se ao meu lado no sofá. Durante a semana inteira eu acordava antes deles para ir à escola e quando chegava me trancava no meu quarto, mas sabia que não ia mais conseguir adiar essa conversar por muito tempo.
– Tudo bem. – Suspirei pesadamente e abaixei o volume da televisão para não atrapalhar, sorte que o episódio de House que estava passando eu já havia assistido.
– Por que você nunca me contou? – Ela me olhou com pesar e apoiou uma de suas mãos no meu ombro.
– Porque eu tenho vergonha de admitir isso até para mim. – Disse sincera e cravei meu olhar na parede, era embaraçoso demais conversar sobre aquilo com minha mãe, na verdade qualquer assunto era embaraçoso de conversar com ela, não tínhamos uma ligação de mãe e filha que deveríamos ter, era estranho.
– Se eu soubesse que você gostava tanto assim dele não teria proibido a amizade de vocês. – Ela disse e pude ver arrependimento nos seus olhos. – Eu só queria proteger você Melanie, pensava que ele podia te fazer algum mau ou até mesmo que você seguisse os passos dele.
– Justin nunca me faria mau. – Disse por fim e aumentei o volume da televisão, para mim aquela conversa já estava terminada.
P.O.V Justin Bieber
Eu já não me lembrava mais como aquilo tinha acontecido, como minha vida tinha mudado tanto em tão pouco tempo, e por mais que quisesse era perturbador demais tentar entender aquilo tudo.
Melanie Smith podia ser considerada a culpada pela maioria dos meus problemas, mas seria frio e egoísta demais se fizesse isso. Eu tinha uma necessidade imensa de tela ao meu lado, não só como melhor amiga, mas como mulher.
Eu me lembro dos últimos momentos que passamos juntos, era tudo tão conturbado e distante, nós nem parecíamos nos conhecer desde pequenos.
Não suportava esse abismo que tinha se aberto entre nós, não suportava pensar na hipótese de que algum dia podia perdê-la com aquela distancia toda. E foi depois disso, que tudo aconteceu.
Tinha achado uma solução simples e rápida para aquilo tudo, funcionava como um calmante – era uma solução momentânea é claro –, mas no mesmo instante eu me sentia livre e entrava em um mundo que só respondia aos meus comandos. Não era certo e muito menos inteligente da minha parte, já que minha própria mãe sofreu muito nas mãos daquele vicio, mas durante aqueles minutos eu me sentia bem, como se nada tivesse passado de um terrível pesadelo.
Caminhava lentamente pelo saguão do aeroporto e o único barulho que escutava era o das rodinhas da mala raspando no chão, minha mãe estaria me esperando ali em algum lugar.
Jeremy temia que fosse um mau exemplo para os meus irmãos mais novos quando eles ficassem um pouco mais velhos, então resolveu me mandar para a casa da minha mãe de volta, como se estivesse devolvendo uma mercadoria com defeito, simples assim. Essa sempre foi à solução mais fácil parar eles, mas não podia culpá-los, eles faziam o possível para me ajudar, mas eu sempre acabava estragando tudo.
Mesmo depois de dois anos e de toda aquela distância eu não consegui esquecer Melanie e muito menos o que sentia por ela, ela estava em todos os lugares que eu ia, no rosto de todas as pessoas que eu via e tinha certeza que se aquilo continuasse ia acabar enlouquecendo.
Sentei-me em um banco próximo a entrada do aeroporto e depois de cinco minutos vi minha mãe entrar apressada pela porta principal com um sorriso enorme no rosto, quando vi a pessoa que estava atrás dela meu coração começou a bater mais rápido do que nunca e tinha certeza que se demorasse mais algum segundo para abraçá-la ele ia sair pela boca. Respirei fundo e quando percebi minha mãe já estava me abraçando apertado e derrubando suas lágrimas sobre minha camiseta.
– Você não sabe como senti saudades, meu filho. – Disse e me apertou mais forte do que antes. Ergui seu rosto com uma mão e limpei as lágrimas do seu rosto.
– Eu também mãe. – Suspirei depositando um beijo em sua testa e me soltei do seu abraço.
Olhei para Melanie que estava parada a alguns passos da gente com a cabeça abaixada e foi impossível não sorrir, ela estava mais linda do que nunca. Seus cabelos loiros estavam maiores e ondulados na ponta, seus olhos azuis tinham um brilho diferente e seu sorriso tímido de canto de boca continuava irresistível como antes. Aproximei-me um pouco enquanto a observava brincar com seus dedos descontroladamente e percebi que ela continuava baixinha como antes, provavelmente não tinha passado de um metro e cinquenta e oito, ela sempre reclamava por ser tão baixa, mas parecia que aquilo não a incomodava mais.
– Mel... – Chamei sua atenção e ela levantou a cabeça para me olhar. Aproximei-me mais e ela abaixou a cabeça novamente, peguei seu rosto com uma mão e fiz um carinho em sua bochecha, Melanie fechou os olhos e uma lágrima escorreu pelo seu rosto.
– Eu senti tanto sua falta, Jus. – Ela disse soluçando e passou seus braços em volta do meu pescoço. Sem pensar duas vezes envolvi sua cintura e há ergui um pouco tirando seus pés do chão. Melanie me abraçou mais forte e escondeu seu rosto na curvatura meu pescoço.
– Eu também, pequena, eu também. – Fechei meus olhos tentando controlar minha respiração e sorri, se o mundo acabasse naquele momento eu não iria me importar.





Música: The Memory - Mayday Parade.
P.O.V do Justin ficou uma bosta SOSSSSSS :(
Enfim, minhas aulas vão voltar amanhã gente, então ainda não sei os dias que vou poder postar ok? Mas vou me programar e aviso vocês. Bom espero que gostem.

Beijos Mari s2

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Sparks Fly – Melhor amiga

                      

Meu coração começou a bater rapidamente e aquelas sensações estranhas que senti quando estava na lanchonete com Andrew voltaram, então seria isso, daqui a duas semanas Justin ia voltar e sua felicidade estava em minhas mãos, assim como a minha já estava nas dele há muito tempo.

Sparks Fly – Melhor amiga

"Eu queria ser sua garota favorita, eu queria que você pensou que eu era a razão que você esteja no mundo, eu queria que meu sorriso era o seu tipo favorito de sorriso, eu desejo a maneira que eu vestir era o seu tipo favorito de estilo. Gostaria que você não conseguisse me entender, mas você sempre quer saber o que eu estava sobre, eu queria que você segurasse a minha mão quando eu estava chateado, eu queria que você nunca esquecerei o olhar no meu rosto quando pela primeira vez, eu gostaria de ter uma mancha de beleza de que você gostasse secretamente porque ele estava em um pouco escondido que ninguém mais podia ver, basicamente, eu queria que você me amou."

Meu rosto estava formigando e meus olhos ardendo devido ao choro da noite passada, mesmo assim os abri rapidamente e no mesmo instante me arrependi, tinha me esquecido de arrumar as cortinas da janela então assim que abri meus olhos os raios solares praticamente me segaram.
– Merda de vida! – Exclamei irritada e cobri minha cabeça mesmo sabendo que não ia adiantar; depois que acordo não consigo mais voltar a dormir. Quer dizer, quando tenho algum compromisso importante de manhã é praticamente uma guerra para sair da cama, mas como é só para ir à escola eu não consigo. O mundo conspira contra mim em alguns momentos.
Joguei as cobertas para o outro lado e olhei para o despertador, faltava meia hora para ele tocar ainda. Desativei o alarme e quando sai da cama tropecei nas malas de Caitlin que por algum motivo não identificado estavam ao lado da minha cama. Acabei caindo de cara no chão e no mesmo momento escutei uma gargalhada alta vinda do banheiro do meu quarto. Ótimo, meu dia não tinha como começar melhor.
– Bom dia cachinhos de ouro. – Caitlin entrou no meu quarto rindo e revirei os olhos enquanto levantava do chão.
– Minha avó me chama assim Caitlin, pelo amor de Deus. – Falei irritada e ela gargalhou.
Peguei uma roupa qualquer dentro do closet para ir à escola e fui tentar tomar meu banho. Caitlin sabia que eu tinha um humor muito instável durante a manhã – durante o dia também –, então ela sempre fazia o máximo para me deixar mais irritada ainda.
Fiz um coque mal feito com o cabelo para não molhar e liguei o chuveiro, a água quente caia na minha pele deixando todos os músculos do meu corpo relaxados e aquela sensação era extremamente boa.
Fechei meus olhos enquanto me ensaboava e lembrei-me da conversa que tive com Caitlin ontem de noite. Bem, não só agora, mas a noite inteira suas palavras ficaram flutuando na minha cabeça me deixando atordoada e culpada.
“[...] Justin não tem culpa nenhuma sobre isso, não tente jogar mais esse peso nas costas dele, ele nem sabia o que você sentia por ele [...]”
Só agora eu percebia como estava sendo idiota esse tempo, como eu estava sendo infantil tentando colocar mais esse peso nas costas de Justin só para me sentir um pouco melhor. Eu era uma amiga horrível.
Durante esse tempo eu estava tão preocupada em sentir pena de mim mesma que acabei esquecendo quem era a pessoa que estava realmente precisando de ajuda, esquecendo que o garoto que eu amava e culpava a todo o momento por me fazer sentir dessa forma estava do outro lado do país precisando da sua amiga, precisando da sua ajuda.
“[...] Ele precisa de você, ele precisa da melhor amiga do lado dele. Faça como você sempre fez, camufle seus sentimentos se quiser, mas você tem que ajudá-lo Melanie! [...]”
E eu iria, eu iria fazer tudo que estivesse ao meu alcance para tentar ajudá-lo e fazer com que nossa amizade voltasse a ser como era antes também.
As outras pessoas podiam até entender, mas só eu sabia a falta que ele fazia.
Eu era feliz naquela época e nem sabia. Agora eu não podia mais escutar suas broncas durante a madrugada por ainda estar acordada e ficar ligando para ele de meia em meia hora, não tinha mais suas piadinhas sem graças e nem suas cantadas baratas que mesmo assim faziam meu sangue borbulhar e meu coração bater descompassadamente, não tinha mais suas risadas sem motivos e nem os seus sorrisos fora de hora, eu não tinha mais a minha felicidade e tudo o que eu desejava era o tempo voltasse para aquela época, à época em que ele era o meu menino, à época em que Justin era meu melhor amigo.
“[...] sei que falar isso não vai adiantar já que das outras vezes também não adiantaram, mas ele também te ama Mel [...]”
Caitlin sempre batia nessa mesma tecla quando o assunto era Justin e mesmo querendo acreditar nas palavras que ela dizia eu não conseguia, por medo talvez, medo de me machucar e não ser correspondida como ela dizia. Afinal de contas garotos são confusos, quando eles dizem uma coisa querem na verdade dizer outra totalmente ao contrário e eu acho que nunca estaria pronta para enfrentar essa montanha russa de sentimentos.
– Vamos logo Mel! – Escutei a voz de Caitlin ecoando no fundo da minha cabeça e olhei para a porta do banheiro que chegava a vibrar com os socos que ela provavelmente estava dando.
– Já estou saindo. – Gritei de volta para ela parar de bater na porta e desliguei o chuveiro. Peguei a toalha que estava pendurada no box do banheiro e me sequei rapidamente, coloquei a roupa que tinha escolhido, soltei meus cabelos, escovei os dentes e quando finalmente estava pronta encontrei Caitlin jogada na minha cama me esperando com cara de tédio.
– Vou te levar para a escola e depois vou passar na minha mãe ok? – Perguntou meio que afirmando e concordei. – Durante o caminho vou te dando algumas instruções. – Pegou a chave do seu carro que estava em cima da minha escrivaninha e percebi que suas malas não estavam mais jogadas pelo chão do meu quarto. – Tenho que voltar para o campus da faculdade ainda hoje. – Disse indiferente e apenas concordei balançando a cabeça levemente.
Guardei os meus materiais dentro da bolsa e finalmente descemos, foi uma guerra para convencer os meus pais de que íamos parar para comer alguma coisa no caminho, mas como eles são amáveis com qualquer outro adolescente menos eu, eles deixaram quando Caitlin pediu.
– Você precisa aprender a ser mais carinhosa com seus pais, eles são uns amores. – Caitlin disse rindo da minha cara quando saímos de casa e olhei para ela revirando os olhos.
– Eu preciso terminar logo a escola e comprar um apartamento no centro da cidade isso sim, e não adianta, nem se eu fosse um anjo banhado a ouro meus pais não iam fazer o que eu quero. – Falei brava e ela gargalhou me mandando entrar logo no carro.
– Você só tem dezessete anos Mel...
– Você tem dezoito, cala a boca. – Disse rindo e ela me olhou com as sobrancelhas arquedas por um tempo, mas logo começou a rir também.
– Enfim, disse que tinha que te dar algumas instruções enquanto te levava para escola então fique quieta e só abra a boca quando eu terminar de falar, ok? – Perguntou desviando o olhar do transito por alguns segundos e assenti. – Muito bem, Justin vai chegar no outro final de semana e você vai buscá-lo no aeroporto com Pattie.
– Como?! – Disse exasperada e ela freou o carro pelo susto.
– O que eu disse sobre me deixar terminar de falar? – Me olhou brava e ignorei seu comentário.
– Como você quer que eu vá buscá-lo no aeroporto Caitlin? Eu não falo com o garoto a mais de dois anos praticamente! O que eu vou falar para ele? – Falei inconformada e ela abriu a boca para me responder, mas a cortei novamente. – Ah claro, já sei! “Olá Justin, você se lembra de mim ainda? Como foi passar praticamente dois anos longe da sua mãe e da garota que você algum dia chamou de melhor amiga? Ah, antes que você me pergunte os meus foram uma droga!” – Disse tudo de uma vez e olhei zangada para Caitlin que prendia o riso. – Além do mais, meus pais não querem nem escutar o nome de Justin lá em casa, então desista porque eu não vou. – Sorri vitoriosa e pela primeira vez me senti feliz por meus pais serem dois carrascos comigo às vezes.
– Se eu fosse você não contava com isso, Pattie já conversou com seus pais e ontem um pouco antes de você chegar era exatamente sobre isso que estava falando com sua mãe na cozinha. – Ela me olhou com um sorriso de deboche e voltou a prestar atenção no transito antes de continuar a falar. – Disse que esse era um momento muito delicado para Justin e que ele precisa das pessoas que ele gosta do lado dele, ela tentou relutar no começo, mas acabou deixando vocês voltarem a se falar e me agradeça também por dizer que você é muito madura e que não se envolveria com esse tipo de coisa. – Terminou de falar e quando percebi já estava parando o carro na frente da escola.
– Obrigada por dizer à minha mãe que nunca me tornaria uma viciada Caitlin, muito obrigada. – Sorri irônica enquanto soltava o sinto e ela ficou resmungando o quanto eu era insuportável as vezes. – Vou sentir sua falta. – Suspirei e ela me abraçou apertado.
– Eu também vou, agora vai logo antes que eu comece a chorar. – Disse dando tapinhas nos meus braços e abri e porta do carro rindo.
– Até mais Cait. – Fechei a porta do carro e quando ia entrar na escola ela abaixou o vidro do passageiro e gritou meu nome.
– Não desperdice essa chance por bobeiras tudo bem? E acredite no que te falei ontem. – Ela sorriu mandando uma piscadela e apenas acenei assim que ela ligou o carro. Vire-me de novo para entrar na escola, mas fui interrompida mais uma vez por um grito histérico de Caitlin.
– O que foi? – Bufei irritada e ela sorriu.
– Sua mãe disse que vai ter uma conversa séria com você hoje de noite já que escutou os nossos gritos ontem, então seja educada e não discuta com ela.
– O que?! – Gritei atraindo o olhar dos outros adolescentes que entravam na escola e ela deu partida no carro me deixando parada com cara de idiota.
Minha mãe sabendo que eu sou apaixona por Justin, essa era realmente a única notícia que faltava para deixar meu dia pior ainda.
Entrei na escola e no mesmo momento o sinal tocou fazendo com que todos os alunos começassem a correr desesperadamente para irem até suas aulas e o mais incrível era que sempre tinha um idiota que cai no chão no meio desse empurra-empurra todo.
– Cuidado! – Escutei alguém gritando atrás de mim e na mesma hora me virei assustada. Dei de cara com o peitoral de algum garoto e cai com tudo no chão.
Não, eu estava errada, meu dia podia ficar muito pior ainda.

As peças de um destino - Um Sonho

"Eu vi muitos rostos bonitos antes de ver voce, e agora tudo o que vejo é voce, nao, nao preciso desses outros rostos bonitos como eu preciso de voce, e quando voce for minha nesse mundo, haverá uma garota solitária a menos" - One Less Lonely Girl- Justin Bieber


E Justin entrou cantando One Love! E eu? haha, imagine um ser humano se descabelando, gritando, chorando, pulando, e todos as ações que uma fã pode fazer! Eu nao conseguia parar de chorar. Nao podia acreditar que eu tinha virado uma fã neurótica do garoto que eu conheci na fila de um reality show. Que loucura!!
Assim que Justin acabou de cantar One Love, ele conversou um pouco com o publico, e foi muito simpático:
"sabe, estar aqui no MSG e uma grande honra pra mim, e conseguir lotar esta grande arena e demais! E tudo isso eu devo aos meus fãs que seguiram meus passos desde o primeiro dia que este sonho comecou, obrigado" e logo após comecou As Long As You Love Me . O show estava demais! A cada música eu chorava mais e mais, já da pra imaginar ne? A cada passo de danca eu pirava mais ainda. Eu estava mesmo acordada? Porque toda aquela cena bem na minha frente era algo surreal, algo que fazia a minha mente viajar com meus pensamentos de fã/ex amiga e ao mesmo tempo se concentrar no sonho que eu tava vivendo ali. Estava sendo incrivel tudo aquilo.
No dercorrer do show. No meio de muita gritaria e multidão eu sinto alguém me cutucando, e quando eu me viro é uma moca, entao eu logo soltei meus braços de sua mao com forca e voltei meus olhos ao palco. A moca se aproximou mais e eu disse:
-voce pode parar?!
-calma, eu nao sou ladra ou algo do tipo nao, relaxa!
-entao o que quer? - perguntei encomodada, e pelo visto mamae, Julia e minhas amigas nem notaram sua presença.
-voce quer ser a ollg?- ela perguntou
-voce esta mesmo falando comigo? - perguntei sem acreditar naquilo que acabara de ouvir
-com quem mais seria?
-meu deus! claro que eu quero- eu disse já com lagrimas nos olhos
-então venha comigo! - ela segurou minha mao
Minhas amigas também nao pareciam acreditar, dei minhas coisas a elas, abracei minha mae e fui. No caminho Alison - era esse o nome dela- tentava me acalmar, eu estava ficando louca, então ela perguntou:
-voce e muito fã dele nao é?
-soou sim! isso e um sonho! - eu disse com meu rosto repleto de lagrimas
-eu nao sei mas, voce nao parece aquelas beliebers comuns, nao sei, voce parece que tem algo diferente, eu percebo isso no modo como fala, como chora de felicidade, é.. enfim - eu fiquei calada. Nao sei se ela estranhou, ou se ela pensou que o motivo de eu nao me pronunciar era o nervosismo. A verdade é que eu nao sei porque nao disse pra ela que aquilo que ela notava era porque eu já o conhecia. Eu nao sabia dizer naquele momento se minhas lagrimas caiam devido eu estar a poucos passos de ver um ídolo, ou um velho amigo.
Entramos nos bastidores do show, e vi scooter e Alfredo, que me comprimentaram e eu só faltei morrer. Logo após chegou kenny que disse:
-olá, ollg!
-oi, kenny- eu disse abrindo um
grande sorriso, um dos sorrisos mais felizes da minha vida, certamente. Ele perguntou meu nome, e eu respondi.
-Isabela? - ele disse parecendo surpreso
-sim, por que? - perguntei
-é que.. nada, nada nao- ele sorriu, e logo em seguida cocou q cabeça - voce é brasileira?
-sim como sabe? - eu ri e ele arregalou os olhos
-bom..., sabe o.. - sua fala foi interrompida por Alison me chamando para entrar no palco e eu consegui me acalmar por incrível que pareça.
-esta na hora, vamos?- ela perguntou
-vamos. - e assim eu fui
Ela pediu para que eu ficasse atras de um toldo que iria se abrir e eu entraria no palco com a ajuda dos dançarinos ao som de Believe. Meu coração estava a mil por hora. Eu estava muito feliz! E muito emocionada. O toldo se abriu, as luzes foram em minha direção, os dançarinos me conduziram ate o banco, a multidão toda me olhava e as lagrimas voltaram a cair. Após alguns segundos, olhei para o lado e Justin descia as escadas, meu coração pulsava cada vez mais rápido, e ele vinha cada vez mais perto e mais perto e mais perto......



HEEEEY MESNINAS, AQUI ESTA O 5 CAP, DEDICADO A MINHA @SORRIABIEBER E UM BEIJO ESPECIAL A @FANSBIEBER_BR, VEJAM A IB DELA, VCS VAO AMAR, http://www.brasilplusbieber.blogspot.com/ ----- SUPER RECOMENDOOO! ESPERO QUE GOSTEM E QUE FOR FAVOR, COMENTEM!!! LOVE YALL BJUSTIN PROCEIIISS PRINCESAS

domingo, 29 de julho de 2012

Sparks Fly - Realidade

              

Minha mãe veio sorrindo da cozinha com uma caneca de chá nas mãos e assim que meus olhos pararam na pessoa que estava ao seu lado meu coração deu outro solavanco, minha respiração começou a ficar descompassada e uma vontade louca de chorar me invadiu. Senti como se com aquela pequena troca de olhares o mundo tivesse parado por alguns segundos, eu realmente não conseguia acreditar.
Sparks Fly – Realidade.

Mas eu tenho um plano, por que você não ser o artista e me fazer de barro? Por que você não ser o escritor e decidir as palavras que eu digo? Porque eu prefiro fingir que eu ainda vou estar lá no final é muito difícil pedir, você não vai tentar me ajudar?”


– Era sobre isso que eu e seu pai queríamos conversar com você. – Carly, minha mãe, disse parando de rir e continuei parada tentando processar o que estava acontecendo. – Achamos que você ia reagir melhor também.
Reagir melhor? Eu nem sabia como reagir com ela ali na minha frente, não sabia se corria e abraçava até perder todo o oxigênio dos meus pulmões ou se a enchia de tapas. Caitlin, uma das ex-namoradas de Justin e uma das únicas que conseguiu conquistar minha amizade estava ali, depois de três meses ela finalmente tinha voltado da sua “temporada com os avós” no Canadá.
– Não ganho nem um abraço depois de todo esse tempo? – Perguntou deixando escapar um sorriso amarelo e estendeu seus braços na minha direção. Sorri abertamente e quando percebi já estava sufocando a garota com um abraço.
– Você me abandonou sua vadia. – Disse baixo no seu ouvido e ela riu pedindo desculpas.
Caitlin foi na verdade a primeira namorada de Justin e era extremamente engraçado ver os dois juntos. Um tempo depois Caitlin terminou com ele, ela dizia que era muito nova para namorar. Justin chorou durante uma semana seguida e eu tive que aguentar suas reclamações durante esse tempo, mas no final tudo acabou bem e eles voltaram a ser amigos.
– Quando você chegou? Quanto tempo vai ficar? Por que não me avisou, eu podia ficar aqui em casa te esperando... – Disparei de uma vez depois de soltá-la e olhei para os meus pais. – Por que vocês não me avisaram? – Perguntei carrancuda e minha mãe revirou os olhos soltando um “nós tentamos, senhorita dramática” e foi se sentar no sofá com meu pai que nem por um segundo tirou os olhos do jogo de basquete.
– Pois é eles provavelmente tentaram, e nem me venha dizer que é mentira porque tenho certeza que se trancou no quarto para não conversar com eles. – Caitlin disse convencida e suspirei, ela me conhecia bem. – Quem é esse bonitão? – Perguntou olhando para a porta e só naquele momento me lembrei que Andrew ainda estava ali. A tentativa que ela fez de falar baixo não adiantou muito, pois ele sorriu e olhou convencido para mim. Apresentei os dois que se cumprimentaram com um abraço e algum tempo depois Andrew foi embora alegando que já estava ficando tarde.
– Acho que agora já podemos ir para o seu quarto, tenho que conversar sério com você. – Cait disse suspirando pesadamente e concordei me levantando do sofá, peguei minha bolsa e fomos para o meu quarto.
Caitlin estava com uma cara nada boa e já podia imaginar o que vinha por ai. A verdade é que ela não tinha passado temporada nenhuma na casa dos seus avôs no Canadá – essa foi à desculpa que eu dei para os meus pais quando eles perguntaram o motivo dela não aparecer mais na nossa casa –, a verdade é que durante esses três meses ela ficou na casa de Jeremy, cuidando de Justin, coisa que eu deveria fazer.
Joguei-me de qualquer jeito na cama e Cait sentou na ponta que sobrava do colchão, um silêncio atormentador se instalou no quarto e percebi que Caitlin abria e fechava a boca várias vezes, talvez pensando em como começar aquele assunto.
– Justin precisa de você. – Ela disse desviando o olhar e apoiando suas mãos sobre as pernas.
– Não me importo. – Suspirei fechando os olhos e escutei ela bufar. Só eu sabia o quanto doía dizer aquilo, só eu sabia o quanto estava mentindo enquanto dizia aquelas três palavras.
– Mel, agora realmente não é uma boa hora para as suas infantilidades. – Disse frustrada aumentando o tom de voz e me sentei na cama, ela nunca falava comigo daquele jeito.
– E você quer que eu faça o que? Que eu vá atrás dele como se nada tivesse acontecido, como se ele nunca tivesse me deixada para trás sem ao menos se despedir? Oh, claro, é exatamente isso que você quer que eu faça. – Minha irritação já era tamanha que eu mal conseguia respirar direito, eu mal conseguia dizer o que realmente queria. – Não se esqueça que eu fui à única que acabou se machucando com isso tudo, afinal, ele foi atrás disso! – Esbravejei e quando me dei conta lágrimas rolavam descontroladamente pelo meu rosto. Droga! Por que eu tinha que ser tão emotiva?
– Não, não é isso que eu quero que você faça, eu só quero que você pare com esse drama todo. Você que amava ele, você que devia ter dito o que sentia, não venha querer misturar as coisas agora. Justin não tem culpa nenhuma sobre isso, não tente jogar mais esse peso nas costas dele, ele nem sabia o que você sentia por ele. – Gritou irritada e me encolhi, ela tinha toda razão. – Ele precisa de você, ele precisa da melhor amiga do lado dele. Faça como você sempre fez, camufle seus sentimentos se quiser, mas você tem que ajudá-lo Melanie! – Ela estava exasperada e esse não era o normal de Caitlin. Sempre, por mais que a situação estivesse ruim ela era a mais racional e controlada. – Durante esses três meses que eu estive lá eu posso te garantir uma coisa: ele não é mais o Justin que nós conhecemos.
Ela estava certa, mas eu era orgulhosa demais para admitir que aquilo tudo fosse culpa minha. Eu que gostava dele, eu que queria ele para mim mais do que como um amigo e eu que deveria ter colocado as cartas na mesa dizendo tudo o que sentia por ele. Justin não tinha culpa nenhuma quanto a isso.
Durante esse tempo todo eu tinha esquecido minha verdadeira função, eu era a melhor amiga de Justin, ele precisava de mim assim como eu precisava dele e não podia o deixar na mão.
Caitlin sentou-se perto de mim e apoiei minha cabeça em suas pernas enquanto ela tentava me acalmar fazendo um leve carinho em meus cabelos.
– Todas as noites que eu passei naquela casa eu escutava Justin chorando enquanto dormia, ele chamava seu nome a todo o momento, mas sei que falar isso não vai adiantar já que das outras vezes também não adiantaram, mas ele também te ama Mel e só você pode ajudá-lo a sair dessa. – Ela suspirou e me levantei novamente limpando o resto das lágrimas.
– O que eu tenho que fazer? – Perguntei ignorando seu comentário anterior e ela sorriu abertamente.
– Por enquanto nada. Mas ontem ainda eu conversei com Jeremy, ele disse que não tem mais como ficar com Justin, ele vai acabar sendo um mau exemplo para os irmãos menores e tudo o que ele menos quer é que Jazzy e Jaxon acabem como Justin. – Ela disse me olhando cautelosamente e fiz um gesto com as mãos para ela continuar. – Ele conversou com Pattie e daqui a duas semanas Justin vai voltar, mas se em um mês ele não melhorar, ela vai interná-lo em uma clínica para dependentes químicos. Agora tudo depende de você Mel.
Meu coração começou a bater rapidamente e aquelas sensações estranhas que senti quando estava na lanchonete com Andrew voltaram, então seria isso, daqui a duas semanas Justin ia voltar e sua felicidade estava em minhas mãos, assim como a minha já estava nas dele há muito tempo.






HEY PEQUENAS,

 

Tao gostando? nossa to feliz com os comentarios, foram so 2 no ultimo cap mais to mt animada pra continuar, entao esta ai mais um cap, espero que gostem de vdd. E carol sua linda um bejaaaaao pra vc mozaum s2

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sparks Fly - Tormenta

                     

Minha mãe com certeza iria brigar comigo por estar saindo à noite em plena quarta feira sendo que teria aula de manhã no dia seguinte, mas eu realmente não estava mais me importando, na verdade eu não me importava com mais nada desde que ele foi embora.

 Sparks Fly – Tormenta.
" Eu não consigo te esquecer quando você vai embora, você é como uma canção que vai na minha cabeça ... E como me arrependo disso tem sido tão longo. Oh, o que deu errado poderia ser algo que eu disse? Tempo torná-lo ir mais rápido ou apenas retroceder para trás quando eu estou embrulhado em seus braços."


Passei novamente meus dedos entre os cabelos e olhei para o relógio que estava pendurado na parede ao fundo da lanchonete. Já eram onze e meia da noite e desde que saímos do cinema eu não escutava uma palavra que Andrew dizia, não estava fazendo de propósito – afinal de contas, eu gostava de passar um tempo com ele –, mas eu estava me sentindo meio agoniada, minhas mão estavam formigando e sem perceber eu batia o pé incessantemente no chão. O que eu mais queria naquele momento era voltar para casa e ver se estava tudo bem.
– Minha companhia é tão ruim assim? – Andrew perguntou e voltei meu olhar para ele.
– Como? Não, não é... Por que está perguntando isso? – Ele me olhou com as sobrancelhas meio arquedas enquanto terminava de tomar o seu suco e deu um longo suspiro.
– Desde que chegamos aqui você não tira os olhos do relógio que está na parede atrás de mim, acho que seria normal pensar que minha companhia não te agrada. – Pelo tom voz que ele usava pude perceber que estava meio frustrado com o meu comportamento. Olhei com pena para ele, mas logo abaixei meu rosto meio envergonhada. Andrew era uma pessoa tão boa, ele não merecia ter que conviver com uma pessoa tão instável como eu. Ele merecia alguém bem melhor, uma pessoa que pudesse fazer tudo por ele.
– Não é isso, eu gosto da sua companhia. Só não estou me sentindo bem. – Me limitei a dizer e só recebi um balançar de cabeça como resposta.
– Quer ir embora? – Perguntou desanimado e respondi um “Por favor” meio encabulado. Odiava desapontar as pessoas, ainda mais Andrew que foi a única pessoa que me acolheu desde que Justin foi embora.
Sim, eu tinha amigos, mas não era como antes. Eu me afastei da maioria deles por proteção. Os meus amigos eram os mesmos amigos que Justin tinha e foi por causa deles que ele acabou virando aquele babaca, não estou dizendo que a culpa de Justin ter se tornado um viciado foi culpa deles – afinal, a vida era dele então ele tomava as decisões que queria –, mas os amigos sempre acabam com uma parcela de culpa por terem o influenciado a isso. E eu acreditava nisso, não cabia na minha cabeça que talvez Justin tenha ido atrás disso sozinho.
Andrew pagou a conta e estendeu sua mão para que me levantasse. Era uma noite fria em São Francisco então assim que saímos da lanchonete pude sentir o choque térmico fazendo com que todos os pelos do meu corpo se eriçassem. Seus braços envolveram minha cintura e ele me puxou para mais perto, sabia que não estava fazendo aquilo por maldade ele só queria me esquentar, ser o cavalheiro que ele sempre era e consequentemente me fazer sentir pior do que já estava.
Minha casa não era muito longe dali então fomos andando mesmo. Andrew não dizia mais uma palavra e tudo que se podia escutar eram nossas respirações descompassadas e o vento batendo violentamente contra as folhas das árvores. Aquilo era estranho.
– Quer entrar um pouco? – Perguntei me soltando de Andrew e ficando na sua frente. As luzes de casa ainda estavam acessas e consequentemente meus pais ainda estavam acordados, provavelmente me esperando.
– Não sei, já está tarde Mel e temos aula amanhã. – Ele segurou minha mão delicadamente e suspirei.
– Qual é Drew, não é nem meia noite ainda e minha mãe vai ficar muito feliz de ver você, ela te ama. – Revirei os olhos com um sorriso contido e ele sorriu.
– Todas as mães me amam. – Se gabou e dei um soquinho no seu braço ainda rindo. – Tudo bem, mas não posso demorar muito. – Concordei e peguei a chave que estava dentro da bolsa para abrir a porta. Minha pequena proposta de passar mais um tempo com ele fez com que aquele clima tenso que estávamos antes passasse, o que era bom, não gostava de vê-lo triste. Coloquei a mão no trinco para abrir a porta, mas logo senti as mãos frias de Andrew sobre as minhas me impedindo. Essa era outra diferença entre Justin e Andrew, as mãos deles. Justin, por mais frio que estivesse sempre estava com as mãos quentes. Sei que são detalhes bobos, mas são esses detalhes que sempre me deixaram extremamente boba por ele.
“Sempre te deixaram boba, mas ele nunca foi e nunca vai poder ser seu Mel.” Minha consciência batia na minha cabeça me deixando frustrada. Eu podia até negar ou ficar brava, mas era a mais pura e dura realidade.
– O que foi? – Perguntei sussurrando, afinal, meus pais podiam estar ali mesmo na sala. Virei meu rosto rapidamente e encarei os olhos de Andrew. Estávamos perto demais.
– Só queria me despedir de você, já que lá dentro seus pais com certeza não vão deixar. – Disse sorrindo e colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. No mesmo momento o meu coração deu um solavanco – não pela proximidade de Andrew porque na verdade eu não sentia nada quando estava com ele, nem minhas bochechas coravam –, mas a angustia que antes eu estava sentindo voltou e eu sentia como se alguém estivesse observando tudo que estávamos fazendo.
– Tudo bem. – Sorri de lado e coloquei meus braços em volta do seu pescoço. O sorriso que ele tinha estampado no rosto antes aumento mais ainda e por alguns segundos me senti bem por fazer alguém feliz, não da forma que ele realmente merecia, mas me senti bem. A verdade era que já tinha conversado sobre isso com Andrew, disse que gostava sim dele, mas que só uma pessoa ocupava a minha cabeça vinte e quatro horas por dia e ninguém ia conseguir mudar isso. Ele concordou, mas pareceu não ter engolido quando disse aquilo.
Justin era como aquelas músicas ruins que tocavam nas rádios de manhã ou até mesmo como aquelas que os professores nos ensinavam para aprender a diferença entre mitose e meiose – ou qualquer outra que eles diziam ser macetes, mas nos deixavam ainda mais confusos na hora da prova –, mesmo sendo uma droga elas nunca saiam da nossa cabeça. Sei que foi uma comparação ridícula, mas até agora que estou beijando um garoto na porta da minha casa, correndo o risco dos meus pais nos pegarem, a imagem desse garoto fica martelando na minha cabeça.
Finalizei o beijo com alguns selinhos e empurrei Andrew para o lado que até agora não parava de sorrir, entrelacei nossos dedos e girei a maçaneta da porta. Meu pai estava sentado no sofá assistindo algum jogo de basquete, mas assim que escutou o barulho da porta seu foco foi para mim e Andrew e quando viu nossas mãos entrelaçadas fez um barulho meio desconfortável com a garganta, eu nunca tinha levado nenhum garoto para casa a não ser Justin e pelas nossas mãos entrelaçadas ele sabia que podíamos ser mais que amigos.
Minha mãe conversava animadamente com alguém na cozinha e sabia disso por causa das risadas meio escandalosas que ela soltava, devia ser Pattie ou alguma outra amiga dela.
Coloquei minha bolsa em cima do sofá e soltei as mãos de Andrew.
– Pai, esse é Andrew. Um amigo meu. – Disse e meu pai arqueou a sobrancelha enquanto o garoto que estava ao meu lado deu sorriso meio desconfortável.
– Amigos? Aham... Sei. – Charlie disse e se levantou para cumprimentá-lo – É bom te conhecer garoto. – Apertaram as mãos e Andrew concordou dizendo um “Igualmente, senhor”.
Minha mãe veio sorrindo da cozinha com uma caneca de chá nas mãos e assim que meus olhos pararam na pessoa que estava ao seu lado meu coração deu outro solavanco, minha respiração começou a ficar descompassada e uma vontade louca de chorar me invadiu. Senti como se com aquela pequena troca de olhares o mundo tivesse parado por alguns segundos, eu realmente não conseguia acreditar.

HEEEY

ooooooi suas lindas, me chamem de mi! eu sou a dona da " pecas de um destino" bom, passei aqui pra agradecer todas as visualizações, que tao aumentando toda hora, e tambem pra fazer um pedido, se voces poderem, comentem as ibs, e se gostarem por favor, indiquem no FC, qualquer coisa falem com a gente nesse user: @jbpurpleswag_
QUANTO MAIS COMENTS MAIS RAPIDO NOS POSTAMOS! COMENTEM ´PLEAAASE, QUERO SABER SE ESTAO GOSTANDO! BEIJUSTIN AMADINHAS HAHA, LOVE YALL :*

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Sparks Fly - Perfume

                      

– Precisamos conversar com você. – Escutei a voz dura de Charlie – meu pai – e logo em seguida e porta sendo fechada com força. A cara dos dois não era nem um pouco boa e com certeza essa não seria uma conversa calma.
Sparks Fly – Perfume.
Quanta intensidade cabe num ser de pouco mais de um metro e meio? Quanta dor pode caber em um coração que mal cabe na palma da mão? Quanta solidão cabe em uma alma que só implora por amor? Quantas vezes posso morrer em uma noite e ainda assim acordar na manhã seguinte? Quantas pilhas de cartas serão necessárias para que alguém note que tudo que eu escrevo trata-se sobre não ter você e só ter esse incansável vazio? Quantas perguntas redondamente retóricas terei que fazer para que você perceba que cada passo nesse mar de escuridão é na procura por uma misera faísca de luz, toda caminhada é uma busca incessante por você.
[...]
Olhei para os dois por alguns segundos e balancei a cabeça negativamente. Não queria conversar com eles agora, e não iria. Por mais que ainda não soubesse o assunto tinha certeza que íamos acabar discutindo, era sempre assim. Tinha tido uma manhã estressante na escola e tudo o que eu queria nesse momento era comer, dormir e só acordar no dia seguinte. Meus pais não entenderiam como sempreentão nem perderia meu tempo tentando explicar.
Peguei meu tênis e minha bolsa que estavam jogados perto do sofá e subi as escadas, não demorou muito e já escutei os protestos deles no andar de baixo. Entrei no meu quarto e percebi que estava a mesma bagunça de antes minha mãe provavelmente tinha proibido Judith de arrumá-lo. Coloquei minhas coisas de qualquer jeito no chão e joguei-me na cama. Só iria comer quando eles voltassem para o trabalho, porque de qualquer forma até o apetite eu tinha perdido.
Melanie! Abra essa porta agora, nós temos que conversar com você sua mal educada! Minha mãe disse gritando e batendo na porta do quarto escandalosamente, revirei os olhos e afundei meu rosto travesseiro.
Mel, por favor, só temos uma coisa para te contar. Dessa vez meu pai disse com a voz mais contida tentando me convencer. Eles realmente não me conheciam.
Não estou me sentindo muito bem, de noite nós conversamos. – Eles tentaram argumentar por mais um tempo, mas depois desistiram.
Fechei meus olhos tentando me desligar do mundo por pelo menos algumas horas, mas aquilo andava sendo impossível ultimamente. Todas as lembranças que tinha dos momentos que passei com Justin estavam vindo à tona, eu mal podia fechar meus olhos que seu sorriso aparecia na minha frente e quando achava que nada podia piorar conseguia me lembrar perfeitamente do cheiro do seu perfume. Qualquer pessoa sã que me escutasse falando aquilo diria que eu estava ficando louca, e talvez eu realmente estivesse.
[...]
"O que está fazendo aqui sozinha?" Escutei sua voz atrás de mim e em seguida uma lufada de ar passou no local trazendo o cheiro inebriante de Justin para perto de mim.
"Nada, só não queria ir para casa, ainda está cedo." Disse indiferente e continuei a olhar para o céu. Era noite de lua cheia e eu não ia ficar em casa, trancada no meu quarto enquanto podia ficar aqui.
"São onze horas da noite, claro que já está tarde! Sua mãe está louca atrás de você e além do mais ficar aqui no píer de noite não é muito seguro." Qualquer um que escutasse ele falando comigo daquele jeito acharia que ele fosse meu irmão mais velho, ou alguém da minha família. O que não seria errado, afinal, até pouco tempo atrás eu o considerava como um irmão mais velho mesmo.
"Tudo bem papai, agora senta aqui do meu lado e cala a boca." Disse batendo no espaço que tinha ao mau lado e ele bufou.
"Você é muito teimosa e irritante às vezes." Lamentou se sentando e apenas ri dizendo que aquilo não tinha como negar.
"Fiquei sabendo que vai passar duas semanas na casa dos seus avôs no Canadá." Falei meio desapontada sem desviar o olhar do céu e ele suspirou.
"É, era sobre isso que queria conversar com você. Sei que já tínhamos combinados de ir acampar juntos nesse verão, mas você sabe como minha mãe é ela sempre acaba decidindo as coisas de última hora. Mas quando eu voltar nós podemos ir ainda, se você quiser, é claro." Olhei para ele e sorri, por mais idiota que ele fosse as vezes ele sempre fazia tudo para me ver feliz.
"Tudo bem Justin, eu entendo." Apoiei minha cabeça em seu ombro e ele envolveu minha cintura com seus braços. "Vou sentir sua falta, seu babaca." Disse rindo e ele gargalhou enquanto passava a mão nos meus cabelos e os enrolavas nas pontas, teria muito trabalho quando chegasse em cassa para desfazer os nós que provavelmente ficariam isso se ele já não estivesse fazendo de proposito.
"Eu também vou, sua peste." Parou de rir aos poucos e encostou sua cabeça na minha enquanto suspirava lentamente tentando recuperar o fôlego por causa da risada. "Quando minha ausência doer muito, olhe para o céu e eu estarei lá, na estrela mais brilhante, brilhando por você."
[...]
Minhas lágrimas já caiam sem controle nenhum molhando todo meu travesseiro, quando eu disse que já não era mais aquela garotinha bobinha apaixonada e que tinha aprendido a lutar contra os meus sentimentos, não era mentira, mas Justin era uma exceção. Ele provavelmente nem lembrava mais da minha existência, afinal, quando meus pais pediram para ele se afastar de mim ele nem se quer pensou duas vezes antes de aceitar. E eu continuava aqui, chorando por uma pessoa que nem com a própria vida se importava mais.
Depois que meus pais foram embora Judith fez questão de trazer meu almoço até o quarto, ela estava preocupada comigo por ter dito que não estava muito bem, mas mesmo assim me repreendeu por ter agido com meus pais daquela forma. Depois de comer me joguei na cama novamente e só sai dela por volta das sete horas da noite com a porta sendo socada por Judith que avisava que já estava indo embora.
Peguei meu celular dentro da bolsa e vi que tinha duas chamadas não atendidas e três mensagens de Andrew – ele era um garoto da minha escola tínhamos aulas de Literatura e Física juntos, ficamos algumas vezes, mas nada mais do que isso.
“Eu sei que você provavelmente vai negar, mas quer sair comigo essa noite?” Li a mensagem rapidamente e revirei os olhos, não falava com Andrew a mais de um mês e mesmo assim o garoto tentava me animar, ele era idêntico ao Justin nesse quesito e isso me incomodava muito as vezes.
“Tudo bem, passe aqui em casa às nove.” Mandei e guardei meu celular de qualquer jeito na bolsa de novo.
Minha mãe com certeza iria brigar comigo por estar saindo à noite em plena quarta feira sendo que teria aula de manhã no dia seguinte, mas eu realmente não estava mais me importando, na verdade eu não me importava com mais nada desde que ele foi embora.





Notas finais do capítulo

 

Quase que nao posto rsrsrs desculpem o atraso amanha posto um bem cedo. Bom mas enfim esta ai o segundo cap, espero que vcs gostem fiz com mt mt carinho, bejooos princessas s2


quarta-feira, 25 de julho de 2012

As peças de um destino - O inicio

 "Nos éramos jovens a primeira vez que te vi, eu fecho meus olhos e inicia um Flash Back (...) Pouco eu sabia que voce era Romeu, e nos éramos dois Plebeus..." - Love Story - Taylor Swift

Faziam 2 anos que eu tinha me mudado para os EUA, New York, eu estava em meu quarto ouvindo radio quando eu ouço que as inscrições para um Reality Show musical, chamado American Idol iriam começar em NY. Eu sempre tive talento para música, pelo menos era o que eu achava, apesar de minha irma, Julia, um ano mais nova que eu, descordar disso. Então essa seria uma oportunidade única.
Passei um tempo pensando e decidi me inscrever, comuniquei a minha família e eles me deram total apoio.
-mas é claro que tem que se inscrever, siga seus sonhos querida- disse papai me abraçando - ira conseguir
-nao acho! - disse a chata da Julia cruzando os braços me olhando com um sorriso sarcástico
-já para o quarto Julia! - disse Mamae apontando para as escadas, e resmungando, a chata subiu!
Meu pai me levou ate o local de inscrição, preenchi minha vaga e dentro de uma semana as seleções começavam, para saber se eu entrava ou não no programa. Para isso, todos os inscritos deviam ser avaliados pelos jurados.
A semana, foi passando e o grande dia chegou. Eu havia treinado bastante e estava muito confiante em mim mesma.
Chegando lá, estava lotado! era realmente muita gente! Nao so dos EUA mas também muitos canadenses.
Fiquei 3 horas na fila sentada no chão, debaixo de sol! Eu estava para desistir, ate que um garoto me prendeu a atenção. Ele vinha em minha direção na intensao de me falar algo. Ele era lindo, cabelos e olhos castanhos, com um lindo sorriso de fazer ate a pessoa mais fria do mundo se derreter, eu me perguntava: "quem é esse?" o analisando dos pés a cabeça, ate ele vir ate mim e quebrar meus pensamentos iludidos.
-oi- ele disse olhando para baixo, já que eu estava sentada no chão, e com suas mãos no bolso de sua calca vermelha skini (skini ? kk enfim)
-oi - respondi num tom rápido e meio nervoso, totalmente destrambelhada e levantando rapidamente do chão.
-seu cadarço ta desamarrado! - ele disse rindo e apontando para meus cadarços.
-ah! obrigada - me agachei novamente e amarrei o cadarço do meu tênis que por sinal estava um tanto sujo, afinal ele era branco.
-então.. voce ta aqui a 3 horas de baixo desse sol que nem eu? - ele me perguntou novamente com as mãos nos bolsos e olhando para os lados com a testa franzida devido o sol.
-infelizmente, sim - eu respondi ageitando meu cabelo
-por que infelizmente? esta aqui porque gosta de cantar, certo?
-não... eu to aqui porque eu gosto de atuar sabe - rimos juntos
-desculpa- ele sorriu novamente com as testas franzidas e pegando no pescoço
- tudo bem- eu sorri sem mostrar os dentes, fiquei apenas encarando aquele garoto com aquele seu sorriso encantador que me prendia
-então.. qual seu nome?- mais uma vez, ele interrompeu meus iludidos pensamentos.
-Isabela, e o seu?
-Justin, Justin Bieber
-prazer
-o prazer e todo meu! - ele respondeu
ficamos conversando por um tempo e eu apenas me prendendo naquele lindo sorriso, naquele lindo garoto. Ele era canadense e eu brasileira, e ambos estávamos lá pelo mesmo objetivo.
-porque.. porque veio falar comigo? - perguntei
-ah.. porque... eu vim.. - ele parecia confuso- é, o seu cadarço - ele riu, apontando para ele- ele estava dezamarrado, lembra?
-ah claro, claro - eu o olhei com cara de : "fingindo que acredito"
Passaram-se 40 minutos e nossas vezes chegaram, ele era logo depois de mim. Entrei na sala e os jurados eram Jennifer Lopez, Steven Tyler e Randy Jackson. Eu estava um tanto quanto nervosa, mesmo com meus pais tentando me tranqüilizar o tempo todo.
Eu disse meu nome e cantei, Skyscraper da Demi Lovato. Após terminar, eles disseram que eu tinha cantado bem mas que meu perfil não se encaixava no perfil de um ídol. E quem sabe no próximo ano eu tentava de novo e entrava. Vai ver que Julia estava certa... Nao sei como, mas essa moleca sempre tem razão, me jogou praga... Na verdade, isso nao seria bem uma praga, acho que eu nao cantava muito bem mesmo, eles devem ter dito que eu cantei bem, para eu nao me sentir mal, talvez.
Fiquei muito desapontada e sai da sala.
-e ai filha? - disse Mamae
-não rolou mae- eu disse olhando para baixo
-não fique assim querida - disse papai- tenho certeza que voce entrará próximo ano- ele tocou no meu rosto, o levantando
-não pai - olhei em seus olhos
-não o que?- ele perguntou confuso
-sabe, eu tava pensando.. não e exatamente isso que eu quero, eu estava enganada, isso não e pra mim.
-voce que decide o que quer minha filha - disse Mamae me abraçando
-vamos pra casa? - disse papai puxando a chave do carro de seu bolso.
-vamos, mas...
-mas...? - disse Mamae
-antes eu preciso fazer uma coisa, vão indo que eu já vou
eles foram e eu disse que tinha que falar com uma pessoa, a qual apenas eu e voce sabemos quem é.
....

Sparks Fly – Esquecida

                                                           

                                                                Sparks Fly – Esquecida.

“And I can tell just what you want; you don't want to be alone. And I can't say it's what you know, but you've known it the whole time.”

Dois anos haviam se passado desde aquela tarde de verão, e por mais idiota que possa parecer eu ainda acreditava nas promessas dele.
Justin tinha tomado um rumo errado para a vida dele, entrou em um mundo sem volta e se envolveu com pessoas erradas e a partir desse momento ele já não era mais o garoto que eu havia conhecido quando pequena. A pessoa doce e cheia de sonhos deu lugar a outra totalmente fria e sem esperanças.
Pattie passou dias chorando e rezando para que seu garotinho voltasse a ser como era antes, mas depois de um tempo todos perderam as esperanças. Meus pais haviam proibido qualquer tipo de contato com Justin, como se fosse realmente precisar. Pattie em uma tentativa totalmente desesperada mandou o filho morar com seu pai no interior dos Estados Unidos.
Eu sabia que quando uma pessoa se envolvia com drogas não tinha volta, ela sempre ia querer mais e mais, mas sabia também que era a única que podia ajudar Justin a sair dessa.
Eu achava que o tempo iria me fazer esquecê-lo, que iriam curar todas as cicatrizes que foram novamente abertas, mas a cada dia que passava eu pensava cada vez mais nele. Sentia-me uma idiota por não ter dito o que eu realmente sentia por ele, me sentia culpada por tudo que aconteceu e estava acontecendo, afinal, com as minhas crises idiotas eu me afastei de Justin e depois disso ele mudou totalmente.
Hoje ia completar exatamente um ano, um ano que não via mais seu sorriso, escutava suas risadas gostosas quando eu dizia alguma coisa boba, o jeito que ele mexia nos cabelos quando ficava desconfortável com alguma situação, as palavras doces que ele me dizia quando estava triste… Um ano que não tinha a pessoa que mais amava ao meu lado.
Não era mais aquela garotinha boba apaixonada de dois anos atrás, eu tinha crescido. Aprendi a lidar com os meus sentimentos e a lutar contra eles.
As promessas que ele havia feito nunca saiam da minha cabeça e pode até parecer loucura, mas às vezes quando estava sozinha eu conseguia escutar sua voz, como um sussurro, me prometendo de novo que nunca iria me abandonar.
[…]
– Mel? Melanie! – Annie, minha dupla na aula de química cutucou meu braço e olhei para ela piscando algumas vezes seguidas. Odiava quando ficava perdida nos meus próprios pensamentos, ainda mais quando se tratava de Justin.
– Ah, me desculpe. – Disse suspirando e olhando para a folha de papel que ela havia me passado. Nós havíamos combinado de cada uma fazer a metade de cada trabalho que a senhora Brooks passava, sempre dava certo e não precisávamos ficar indo uma na casa da outra.
– Bem, eu já fiz minha parte porque vou faltar na próxima aula, então termine em casa e não se esqueça de trazer e entregar para a professora na sexta, ok? – Ri pelo nariz e concordei. Sempre fui meio esquecida com trabalhos de escola e essas coisas, então Annie sempre ficava responsável por isso, mas quando acontecia algum imprevisto ela ficava no meu pé para não esquecer.
– Tudo bem. – Coloquei a folha no meio do meu caderno para não amassar e tentei voltar a prestar atenção na aula, mas nada adiantava e hoje seria mais um daqueles longos dias que eu passava deitada na minha cama, olhando para o teto e imaginando como seria se ele ainda estivesse aqui.
Apoiei meu rosto sob os braços e fiquei assim por alguns minutos, não iria dormir, só queria esfriar um pouco minha cabeça.
– Senhorita Smith! – Senhora Brooks disse com sua adorável voz irritante e em seguida ganhei um beliscão de Annie no braço. Arrumei minha postura na cadeira e olhei para ela pedindo desculpas, mas desculpas não adiantavam com ela. – Pode repetir o que acabei de dizer? – Perguntou me olhando com os braços cruzados e revirei os olhos, ela sabia que não estava prestando atenção, pra que fazer esse teatrinho todo?
– Me desculpe senhora Brooks, mas não estava prestando atenção. – Suspirei e ela voltou a dar sua aula resmungando alguma coisa sobre meu comportamento. Eu sou uma boa aluna, sempre tiro ótimas notas, mas às vezes eu preciso me desligar um pouco das coisas e isso acaba irritando a maioria dos meus professores.
“Justin também se irritava com isso.” Pensei e encostei minha cabeça na mesa. Droga de garoto!
O resto das aulas passou rapidamente e quando percebia já estava voltando para casa sem nem me importar com a garoa fina que caia e molhava a minha roupa. Na verdade eu até gostava, era uma sensação ótima. Olhei rapidamente para o meu relógio e vi que provavelmente chegaria atrasada em casa para o almoço e para os meus pais o horário do almoço era sagrado, afinal, era o único momento do dia que nos víamos.
Minha mãe passava praticamente o dia inteiro no seu ateliê e meu pai age da mesma forma em relação à empresa que ele trabalha. Eu podia até ser uma daquelas garotas birrentas que vivem reclamando da ausência dos pais, mas eu já estava acostumada a ficar sozinha e gostava de não ter eles no pé vinte e quatro horas por dia e sabia que se eles trabalhavam tanto assim era para garantir um futuro melhor para mim.
Acelerei meus passos e cheguei em casa em menos de dez minutos, mas no final toda aquela correria não tinha sido necessária. Dona Judith não tinha terminado o almoço ainda e meus pais estavam na casa de Pattie.
Desde que Justin foi embora eu evitava entrar na casa deles, não me sentia bem. Pattie manterá o quarto dele da mesma forma que ele havia deixado e toda vez que entrava lá era como se uma parte minha também tivesse ido embora junto com ele.
Deixei meu tênis jogado no chão ao lado da minha bolsa e me deitei no sofá ligando a televisão. Como era de se esperar não estava passando nada interessante então deixei em um canal de música qualquer e me aconcheguei no sofá, não faria mal nenhum cochilar um pouco até que eles voltassem, não é?
– Precisamos conversar com você. – Escutei a voz dura de Charlie – meu pai – e logo em seguida e porta sendo fechada com força. A cara dos dois não era nem um pouco boa e com certeza essa não seria uma conversa calma.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Sparks Fly- Prólogo

They said it changes when the sun goes down


"Dia ruim?" Escutei sua voz rouca atrás de mim e sorri com a mesma rapidez que senti os pelos do meu pescoço se eriçarem. Arrepiada, era isso que ele queria me deixar e com toda certeza conseguiu. Esse era o poder que Justin tinha sobre mim, me deixar completamente sem reação com apenas algumas palavras - por mais bobas e sem sentido que elas fossem, afinal, até com um "Olá" seu eu me sentia totalmente perdida.
O que erra errado, eu não devia sentir isso por ele, por mais que eu quisesse e por mais que eu desejasse ter ele ao meu lado eu sabia que isso nunca iria acontecer.
Justin é meu melhor amigo desde que me conheço por gente, e qualquer contado entre nós além de amizade poderia até ser considerado pecado.
E sem nem perceber eu já estava parada na sua frente encarando seu tão famoso sorriso de canto de boca e seus tão desejados olhos amendoados - que com toda certeza fariam até a garota mais fria do mundo se derreter em apenas alguns segundos. Não sei por quanto tempo fiquei ali parada, admirando sua beleza, podem ter sido apenas alguns segundos ou até minutos, mas quando sua feição voltou ao normal balancei a cabeça negativamente tentando espantar tais pensamentos e sorri envergonha.
"Não exatamente, só queria tentar esfriar um pouco a cabeça, mas não tive bons resultados com isso, quanto mais eu penso mais confusa eu fico." Suspirei e por fim virei meus olhos de uma forma dramática fazendo Justin rir. Sentei-me novamente na cadeira de balanço que tinha na varanda de casa e tentei de todas as formas possíveis me concentrar no pôr do sol. As cores meio rosadas e alaranjadas que o céu ganhava deixavam tudo mais bonito e esse era um dos motivos por eu ser completamente apaixonada pelo verão, não pelo calor ou qualquer outra coisa desse gênero, mas porque no verão eu me sentia livre e sentia também que podia mudar qualquer coisa que eu quisesse, assim como o céu ganhava aquelas cores. Mas aquilo já não era mais tão interessante para mim, não com ele ali tão perto, tão perto que podia escutar sua respiração que antes estava calma ficar pesada. Ele não estava nem um pouco confortável com aquela situação.
Às vezes eu me perguntava como nós nos afastamos tanto assim, mas nunca chegava a uma conclusão concreta que me deixasse convencida, afinal, Justin não sabia sobre minha suposta paixão por ele e para mim esse era o único motivo que podia acabar com a nossa amizade.
Justin tinha dezessete anos, dois anos mais velho que eu, mas isso nunca significou nada pra nós. Quando nasci minha mãe já era amiga e vizinha de Pattie e elas sempre contam que na primeira vez que nós nos vimos já não queríamos mais sair um de perto do outro, e foi minha vida inteira assim... Até agora.
“Sabe que pode contar comigo para tudo não é?”Perguntou e apenas assenti que sim com a cabeça, o que me pareceu deixá-lo bastante irritado. “Passei aqui de manhã para irmos juntos para a escola, mas sua mãe me disse que você não estava se sentindo bem, o que está acontecendo com você Mel?” Tentou mais uma vez e abracei minhas pernas tentando esconder meu rosto nos joelhos. Na verdade nem eu sabia o que estava acontecendo e muito menos o porquê de estar agindo daquela forma, eu tinha aquele sentimento diferente por Justin desde os meus dez anos de idade e isso nunca tinha abalado nada entre a gente, nunca deixava esse sentimento transparecer porque tinha medo de poder perdê-lo, mas era exatamente isso que estava acontecendo agora.
“Nada, eu estou bem.” Disse pausadamente tentando controlar a vontade de chorar e levantei meu rosto novamente. Dei um longo suspiro e em seguida Justin passou seu braço pelos meus ombros, coloquei minha cabeça em seu peito e passei meus braços em volta da sua cintura. “Justin, me promete uma coisa?”Perguntei de olhos fechados e apoiei minha mão em seu peito.
“Qualquer coisa, minha pequena.” Sua voz saiu fraca e rouca me deixando com as pernas completamente bambas. Tomei um pouco de coragem e mirei seus olhos. Eu tinha que ter certeza, e os olhos de Justin nunca mentiam, mesmo se ele quisesse. Nunca mentiam.
“Promete que nunca vai me abandonar?” Perguntei de uma vez e dessa vez ele fechou os olhos engolindo em seco.
“Prometo.” Apertou mais o abraço e beijou o topo da minha cabeça.